Se confirmado, o valor representará uma redução de R$ 10 por mês em relação à estimativa anterior. A diferença ocorre devido a uma medida proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso como parte do pacote de corte de gastos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará nos próximos dias um decreto presidencial que corrigirá o salário mínimo.

De acordo com fontes do governo, o valor passará dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518, a partir de janeiro de 2025, com pagamento em fevereiro. O reajuste representa um aumento de R$ 106, equivalente a 7,5%, e inclui ganho real, acima da inflação. A publicação do decreto está prevista para ocorrer até 31 de dezembro.

Histórico de reajustes
Nos anos de 2020, 2021 e 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o salário mínimo foi corrigido apenas pela inflação, sem ganho real. Em 2023, houve um pequeno aumento acima da inflação, marcando o início de uma política de reajustes que buscam recuperar o poder de compra.

Impacto fiscal em 2025
O salário mínimo é usado como referência para aposentadorias e benefícios previdenciários, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Com a mudança de regra, o governo projeta uma economia de cerca de R$ 4 bilhões em 2025, já que, segundo cálculos, cada R$ 1 de aumento do salário mínimo gera uma despesa adicional de aproximadamente R$ 392 milhões.

Economia até 2030
A nova regra também resultará em reajustes menores nos próximos anos. Isso significa que aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais que recebem o mínimo deixarão de receber um total de R$ 110 bilhões até 2030. Esse valor corresponde a cerca de um terço da economia total estimada pelo governo para o período, que é de R$ 327,1 bilhões.

Essa política visa equilibrar as contas públicas, mas poderá gerar debates sobre seu impacto social e econômico a longo prazo.