Morreu neste domingo (19), aos 92 anos, João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista. O renomado jornalista esportivo estava internado desde o dia 6 de janeiro, tratando um câncer no pâncreas que foi descoberto após um quadro de desidratação e dor abdominal.
Filho de imigrantes italianos, Léo Batista nasceu em Cordeirópolis, no interior de São Paulo. Aos 15 anos, ele começou a trabalhar em serviços de alto-falantes na sua cidade natal e rapidamente se estabeleceu no rádio durante os anos 1940.
Léo dedicou mais de 76 anos de sua vida à comunicação, sendo 53 deles à TV Globo, onde se consagrou como especialista em esportes. Apaixonado por futebol e torcedor fanático do Botafogo, ele se tornou uma figura icônica na TV aberta brasileira.
Apesar de ser um especialista em esportes, Léo ficou conhecido como o “coringa” da emissora carioca. Em 1970, como freelancer, foi chamado para integrar a equipe esportiva da Globo que foi enviada ao México para a cobertura da Copa do Mundo daquele ano.
Após o campeonato, ele substituiu o apresentador Cid Moreira em uma edição do “Jornal Nacional” e, em seguida, foi contratado em definitivo, chegando a apresentar as edições de sábado do “JN”.
Léo Batista também foi o primeiro apresentador dos telejornais nacionais “Jornal Hoje” (1971) e “Esporte Espetacular” (1973), além do regional “Globo Esporte” (1978).
Multifacetado, Léo Batista também participou do “Globo Rural” e foi protagonista de grandes momentos históricos, como ser o primeiro locutor a noticiar a morte do presidente Getúlio Vargas, em 1954, e o primeiro narrador do país a fazer uma transmissão de surfe e de Fórmula 1 na televisão.
Ele também foi responsável por trazer à TV aberta o quadro de gols do “Fantástico” aos domingos, revolucionando a forma como o futebol era consumido.